terça-feira, 21 de abril de 2015

SOBRE UM EVENTUAL FUTURO PARALELO NEGATIVO PARA O ESPERANTO

SOBRE UM EVENTUAL FUTURO PARALELO NEGATIVO PARA O ESPERANTO

Madragoa e Tamires

Temos convicção de que o que se origina de cima, das esferas espirituais superiores, para funcionar como alavanca de progresso entre os homens encarnados e desencarnados do planeta Terra, não morre nem morrerá jamais. Não depende muito do empenho de seus seguidores de carne, osso, perispírito e amor.
Deste modo, o que vamos arrazoar a seguir não deve ser visto como possibilidade tão real de acontecer. Talvez seja mais uma provocação, por mero amor ao debate construtivo e motivador à luta.

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Embora ela não seja a única possível, mas nós vemos também, infelizmente, uma perspectiva futurológica linguofágica para o Esperanto. [Começou a provocação!]

Estamos no ano de 2015. Daqui a uns vinte anos, com o aperfeiçoamento dos aparelhos móveis de tradução simultânea de conversações orais (o que já é uma realidade inaugurada), o Esperanto, objetivamente, terá tudo para ser uma língua morta (!), porque as crianças e adolescentes atuais (com base em uma visão meramente estatística) têm se apegado de corpo e alma muito mais a conteúdos de smartphones, tablets, notebooks e outros atrativos intelecto-desviantes do que a livros e a cursos livres.

Bem, independentemente da possibilidade desse futuro paralelo esperantocida, o certo é que o Esperanto, para ser uma língua mais viva e mais influente no futuro de daqui a uns vinte anos, por exemplo, precisa ser bem mais disseminado e atrativo para as crianças e adolescentes do presente, seus potenciais futuros usuários. Essa nova geração é mais inteligente (conforme se depreende de estudo científico recente sobre a evolução de QIs no mundo), porém mais disléxica e dependente de tecnologias, para despertarem interesse por qualquer saber não impositivo. Diferente das crianças de cinquenta anos atrás, por exemplo, que eram menos inteligentes, mas liam muito mais.

Hoje, que é o futuro em relação a cinquenta anos atrás, o Esperanto é mantido preponderantemente por adultos e idosos, e nós achamos que ultimamente ele anda meio desnutrido, numa espécie de entressafra pouco produtiva. Não está crescendo em popularidade e força na mesma proporção do avanço dos meios comunicacionais e de outras línguas nacionais internacionalizadas. Com tão poucos militantes em ação (estatisticamente falando), fica difícil garantir a conquista de um público esperantista infanto-juvenil e fortalecer o Esperanto para daqui a vinte anos.
[Tudo bem que temos a TEJO (Tutmonda Esperantista Junulara Organizo, ou Organização da Juventude Esperantista Mundial) e as organizações juvenis nacionais, mas não nos consta que elas têm atuado de forma mais visível e constante, como estratégicas difusoras da Língua Internacional no meio infanto-juvenil não esperantista, no dia a dia, fora dos eventos congregadores periódicos. Corrigi-nos, se estivermos errados.]

Dizei-nos: onde é que estamos exagerando? O que é que não estamos percebendo? Onde é que estamos, talvez, desatualizados ou desinformados? Estamos aqui eventualmente sob um mero pesadelo em relação ao futuro, ou sofrendo gravemente de alguma distorção cognitiva? Ou essa perspectiva futurológica condicional paralela, sombria, poderá de alguma forma se concretizar?

Bem, fatores novos podem surgir, inclusive na estrada tecnológica e também na estrada conscienciológica do futuro, que a Deus pertence (logo, de alguma forma, a nós pertence).
Mesmo diante dessa negativa previsão futurológica hipotética alternativa, temos de fazer a nossa parte, semeando, semeando, semeando, esparzindo sempre essa poderosa energia quântica chamada simplesmente de “amor”, para que o Universo possa fazer a parte dele, a partir da nossa incessante lavratura atual na seara do Esperanto e de todas as virtudes fraternas.
E mesmo que as tecnologias do futuro possibilitem traduções automáticas de conversações orais que beirem a perfeição, um consolo que nos dá alguma segurança é que o Esperanto terá sempre o seu lugar no coração das pessoas tendentes à fraternidade entre os povos, grupos étnicos, diversas culturas e diferentes pessoas (tanto do aquém quanto do além, entre as colônias espirituais circunjacentes à crosta terrestre, o que reforça ao Esperanto o seu conceito de efetiva Língua Universal). Essa prosperidade singular e especial do Esperanto, nenhuma máquina substitui. O Esperanto tem corpo e alma e movimento. As máquinas têm apenas programas, que até podem servir de apoio, mas não têm o condão de exterminar a vida.

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“Sim, o Esperanto é lição de fraternidade. Aprendamo-la, para sondar, na Terra, o pensamento daqueles que sofrem e trabalham noutros campos. Com muita propriedade digo: “aprendamo-la”, porque somos também companheiros vossos que, havendo conquistado a expressão universal do pensamento, vos desejamos o mesmo bem espiritual, de modo a organizarmos, na Terra, os melhores movimentos de unificação.” -  Emmanuel

O futuro do Esperanto assenta-se muito mais no amor do que em qualquer outra segurança (ainda que esse amor tenha seu perfil de guerreiro). Tudo o que é feito e vivenciado com amor e que tem objetivos amorosos vence, vai reservando, mesmo que entre passageiras estiagens, desertos e deserções aqui e ali, o seu lugar no futuro geral. O Esperanto é programado para crescer sempre, ainda que precisando renascer de vez em quando de cinzas localizadas.
Por isso temos absoluta certeza de que não existe, pré-montada, uma realidade futura paralela negativa para o Esperanto, a não ser em eventual raciocínio de ficção científica antiteísta. O futuro do Esperanto já está programado para ser único, para ser uma língua viva, vivíssima, sempre. Já está selado para o sucesso desde sua origem, por volta do início do século XIX, quando seres extraterrestres espirituais superiores se reuniram pela primeira vez no plano astral, para iniciar sua elaboração. Com esse trabalho já em curso, passaram a ser liderados por um especialista que desceu de mais de cima ainda. E para concretizar e implantar esse projeto, que foi montado em equipe lá no plano astral, o referido líder, encarnou na Crosta, em 1859, com o nome de Lázaro Luís Zamenhof, a fim de reelaborar, pessoalmente, e propor ao mundo essa que foi a maior invenção linguística de todos os tempos na Terra. [Esse informe, extraímos de uma revelação do Espírito de Francisco Valdomiro Lorenz, em mensagem psicografada através de Chico Xavier (que não era um médium só para assuntos exclusivamente espíritas), e que integra o livro “O Esperanto Como Revelação”.]

Enquanto nós amarmos o Esperanto, com pensamentos, palavras e ações, e amarmos através do Esperanto, com as mesmas armas, o Esperanto se tornará mais e mais universal e unitemporal. Logo, paradoxalmente, ele depende muito do empenho de seus seguidores de carne, osso, perispírito e amor, ou seja, de todos nós, para crescer cada vez mais rumo ao futuro, expandindo-se em todas as biodimensões crostais e supercrostais.

E vós, defensor dessa divina bandeira linguística de fraternidade e paz entre os povos, tendes estado firme no seu “bom combate”, perseverando sem cessar?